Ensino remoto

Ensino remoto X e-learning

O e-learning, que já era uma realidade no mercado corporativo brasileiro, agora está em evidência por conta desse momento de isolamento social. Nisso, muitas empresas que não adotavam essa modalidade no treinamento dos seus funcionários, tiveram que se adaptar rapidamente e a repensar seus modelos de treinamento.

Entretanto, o que eu mais vejo, são empresas chamando de e-learning um treinamento presencial simplesmente migrado para o remoto, sem nenhum trabalho pedagógico no conteúdo que será apresentado. Ferramentas como o ZOOM estão na moda e os treinamentos são realizados em videoaulas ao vivo, porém aplicados como se fossem feitas presencialmente: horário predeterminado, professor apresentando os conceitos e alunos vendo e ouvindo.

Não necessariamente esse tipo de treinamento está errado, mas será que é suficiente para um funcionário absorver todo o conteúdo de maneira eficiente?

Umas das vantagens mais básicas do e-learning é justamente que o aluno pode estudar a qualquer momento. Eu posso estudar melhor de manha, porém outra pessoa rende melhor em um treinamento após o almoço, por exemplo. Isso já não está sendo mais possível.

Também é preciso considerar que cada aluno tem o seu próprio ritmo, se eu preciso de duas horas para absorver determinado conteúdo, outra pessoa pode aprender em quarenta minutos. Em um treinamento em vídeo ao vivo com hora marcada de início e fim, já não dá mais espaço para esses diferentes ritmos.

Uma outra grande vantagem do e-learning a ser levada em consideração é a grande quantidade de material de apoio ao curso, onde é possível compartilhar para os alunos links, artigos, notícias, vídeos, entre outras informações que podem complementar com o tema principal.

Isso tudo me faz lembrar de um certo pensamento “simplista” que surgia sempre em projetos de e-learning, nos quais muitas pessoas que não acreditam (ou não conhecem) nesse negócio, diziam que é “só pegar um material do curso, botar uma carinha bonitinha, disponibilizar na Internet e pronto!”.

Concluindo, não é possível confundir ensino remoto com e-learning. São muitos os pontos que precisam ser levados em consideração para um treinamento à distância: o público alvo, a estrutura em que o conteúdo será apresentado, servidor, plataforma, a mídia (blended, gamificado, podcast etc) que serão desenvolvidas, entre outras questões que precisam ser resolvidas.

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Alexandre Collart

Atuou em projetos para clientes como White Martins, SulAmerica, Autotrac, TV Globo, Petrobras BR, Bob’s, Mongeral Aegon, Módulo Security, Universidade Candido Mendes, Telelistas, Brasil Brokers, Prudential, Wilson’s Sons, Souza Cruz, Honda Motos, Icatu Seguros, Furnas, TIM, Laboratórios Abbott, Sebrae/RJ, Fiocruz, Claro, entre outras. Aprendendo a cada projeto entregue, a cada metodologia utilizada e a cada acompanhamento com os clientes, resultando nos textos para este Blog.

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